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Alimentos saudáveis ganham espaço no Brasil

A perspectiva de melhora do poder aquisitivo da população deve impulsionar o consumo de alimentos com apelo saudável neste ano, com destaque para orgânicos.

O diretor geral da fabricante Vapza, Enrico Milani, aposta em um avanço significativo do mercado de alimentos saudáveis, que pode chegar a casa de dois dígitos neste ano. “O segmento vai continuar crescendo, principalmente em orgânicos.”

Segundo projeção da Euromonitor, o mercado de alimentos saudáveis deverá movimentar R$ 63,5 bilhões em 2018 no Brasil, alta de 0,8% em relação ao ano passado. O estudo da consultoria contempla todos os produtos que tenham “ingredientes não saudáveis suprimidos ou reduzidos, suplementos, livres de glúten ou lactose, com características saudáveis adicionadas e orgânicos.”

Ainda de acordo com a Euromonitor, só o segmento de alimentos orgânicos deve movimentar R$ 153 milhões em neste ano, incremento de 2% na comparação com 2017.

Para Milani, o incremento da demanda por produtos saudáveis se deve à melhora esperada no poder aquisitivo do brasileiro e também à crescente preocupação da população em consumir alimentos mais saudáveis, com menos sódio e outros aditivos.

“O estilo de vida das pessoas está mudando, elas estão mais preocupadas com alimentação”, avalia o executivo. A Vapza atua no segmento de produtos cozidos a vapor e embalados a vácuo, naturais e sem conservantes.

O relatório “Alimentação Saudável – Tendências” da agência de inteligência de mercado Mintel aponta na mesma direção. Segundo a empresa, com a queda da inflação e aumento dos postos de trabalho informal, é esperada uma queda do custo de produção de diversas categorias, influenciando positivamente a capacidade de compra. Além disso, a alta do emprego deve proporcionar um cenário mais otimista para o segmento.

“Com isso, é esperado um aumento do consumo de produtos mais saudáveis que, em geral, são mais caros e vinham sofrendo com a alta dos preços”, diz o relatório.

Fernando Fagnoni, da T4 Consultoria, destaca o interesse mais acentuado nesses produtos principalmente na região Sudeste e chama atenção para o investimento de pequenas empresas na área, com destaque para suplementos ou marmitas saudáveis. “Apesar dessas empresas terem estrutura pequena, este não é um mercado simples, uma vez que os custos não são poucos. É preciso ser eficiente para não ter prejuízo”, salienta.

Fonte: DCI